domingo, 17 de abril de 2011

ARTIGOS

Chamamos de artigo a palavra variável que colocamos antes do substantivo para indicar, ao mesmo tempo, seu gênero e seu número.

O artigo é basicamente demonstrativo. Sua função sintática principal é de
adjunto dos substantivos.

O artigo é classificado como:

a) Definido: o, a, os, as;

b) Indefinido: um, uma, uns, umas.

Os artigos definidos determinam os substantivos de modo preciso e particular. Ao dizer "o livro", faz-se uma referência a um livro em particular. Já os indefinidos determinam os substantivos num aspecto vago, impreciso e geral. Quando se diz "um livro", menciona-se qualquer livro.

Na língua portuguesa existe uma maneira de combinar os artigos com preposições. A combinação dos artigos definidos com as preposições a, de, em, por (per), resulta, respectivamente, em ao, do, no, pelo, à, da, na, pela, aos, dos, nos, pelos e às, das, nas, pelas.

A combinação dos artigos indefinidos com a preposição em, e mais raramente a preposição de, resulta em: num, dum, numa, duma, nuns, duns, numas, dumas.

O artigo transforma palavras de qualquer classe gramatical em substantivo.

Exemplo: Ninguém sabe como será o amanhã.

Também estabelece sua determinação ou indeterminação:

Exemplos:

Li o jornal ontem.

Li um jornal ontem.

No primeiro caso, está-se falando de um jornal em particular. No segundo, de qualquer jornal.

Também distingue os homônimos e define seu significado.

Exemplos: O rádio, a rádio; o capital, a capital; o moral, a moral.
Emprego dos artigos
De um modo geral, o artigo definido aplica-se para seres conhecidos ou já mencionados e o indefinido para seres desconhecidos, indeterminados ou que não se faz menção.
Artigo definido
1) Dentre os nomes próprios geográficos, a língua distingue:

a) os que repelem o artigo:
Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo, Paris etc.

Lembrar que estes nome de locais, quando acompanhados de adjetivos ou locução adjetiva, tornam obrigatório o uso do artigo:
O velho Portugal, a Atenas de Péricles, etc.

b) os que exigem o artigo:
A Bahia, o Rio de Janeiro, a Amazônia, os Açores etc.

c) alguns poucos que se usam, indiferentemente, como o artigo ou sem ele:
Recife ou o Recife, Aracaju ou a Aracaju etc.


2) Nomes próprios de pessoas são determinados pelo artigo quando usados no plural.
Os Maias, os Homeros, os Caxias, etc.

Posto antes dos nomes de pessoas, o artigo denota intimidade e familiaridade.
A Márcia estuda à noite.

3) O uso do artigo é facultativo diante de pronomes possessivos:
Foi rápida a sua entrevista (ou sua entrevista).
Omite-se o artigo definido
a) antes dos pronomes de tratamento:
Engana-se Vossa Senhoria, disse o rapaz.

b) entre o pronome cujo e o substantivo imediato:
Há animais cujo pêlo é liso (e não cujo o pêlo é liso).

c) diante dos superlativos relativos:
Ouvi os médicos mais competentes (e não os médicos os mais competentes).

d) frequentemente nos provérbios e máximas:
Tempo é dinheiro.

e) antes de substantivos usados de uma maneira geral:
Especialistas afirmam que mulher fica mais gripada que homem.

f) diante da palavra casa, quando designa residência da pessoa que fala ou de quem se trata:
Ficou em casa. Fui para casa.

Todavia, se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, deve ser anteposto, ordinariamente, o artigo:
De tarde, a menina foi até a casa da avó.
Artigo indefinido
a) Apesar da imprecisão, o artigo indefinido transmite ao substantivo grande força expressiva:
Em Estou com uma sede... o artigo indefinido denota a grande intensidade da sede que o emissor da frase sente.

b) antepõe-se ao numeral quando não se pode precisá-lo:
Ela deve ter uns 15 anos.

c) antes de nomes próprios para acentuar a semelhança de alguém com um personagem célebre. Nesse caso o nome próprio passa a ser um nome comum:
Revelou-se um Pavarotti. (um grande cantor

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