sábado, 12 de fevereiro de 2011

Gêneros Textuais

Gênero Textual ou Gênero de Texto refere-se às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc.
Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.Gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-literários.
Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão.

Literatura - Naturalismo

Após o movimento do Realismo, que se limitava a retratar o homem em interação com o seu meio social, surge no Brasil o Naturalismo, que tinha como principal característica o emprego de temas voltados para a análise do comportamento patológico do ser humano. Essa nova escola literária baseava-se na observação fiel e científica da realidade, de forma bastante objetiva e detalhada, e também na experiência do indivíduo que, para os autores, era determinada pelo seu ambiente e hereditariedade.
Considerado por muitos como o início do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin no Brasil, o movimento ficou bastante conhecido por explorar temas nunca antes trabalhados como a homossexualidade, o incesto, o desequilíbrio e a loucura. Influenciados pelas ideias, não só de Darwin como também de Hippolyte Taine, Émile Zola e Auguste Comte, os autores naturalistas passaram a retratar em seus personagens traços de natureza animal, desde impulsos sexuais a comportamentos desregrados e instintivos. A agressividade, a violência e o erotismo eram considerados pelos naturalistas parte da personalidade humana, já que o indivíduo era visto como fruto do meio em que vivia.
Além das características já citadas, o Naturalismo era tido como uma espécie de radicalização do Realismo, oposto ao Romantismo e firmado na prosa. O romance naturalista, de linguagem falada e abordagem aberta de temas, causou espanto na sociedade da época que por sua vez considerava os textos chocantes. No Naturalismo, os autores observavam a realidade, a sociedade, a natureza e o homem por meio de um método científico e suas visões eram determinista-mecanicistas, fruto das ideias positivistas e evolucionistas. O cientificismo exagerado transformou a sociedade e o homem em objetos de experiência. O importante era o conteúdo e não a forma. A inovação do naturalismo na literatura foi tamanha que a impressão que se tem ao se ler uma obra dessa escola é de se tratar de um texto atual, contemporâneo.
Semelhante ao que aconteceu em diversas outras escolas literárias, o Naturalismo surgiu no Brasil com a publicação de uma obra específica que abriu as portas para o movimento. Essa obra foi “O Mulato” do maranhense Aluísio Azevedo, publicada em 1881. Além de Azevedo, foram representantes do movimento no Brasil: Eça de Queiroz, Horácio de Carvalho, Inglês de Souza, Julio Ribeiro, Adolfo Caminha, Emília Bandeira de Melo, Pápi Júnior, Rodolfo Teófilo, entre outros.

Literatura - Simbolismo

No início da década de 1890, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens, insatisfeitos com a extrema objetividade e materialismo da corrente literária dominante (Realismo / Naturalismo / Parnasianismo), resolve divulgar as novas idéias estéticas vindas da França. Eram conhecidos como os decadentistas. Esse grupo formado, principalmente, por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta lança no jornal Folha Popular o primeiro manifesto renovador. Além desse grupo do Rio de Janeiro, outros jovens, no Ceará, funda uma sociedade literária, dedicada ao culto das excentricidades da nova arte chamada Padaria Espiritual.
O Simbolismo, no Brasil, representa uma das épocas mais importantes de nossa história literária e cultural. Este movimento penetrou em nosso país, por intermédio de Medeiros e Albuquerque, que, desde 1891, recebia livros dos decadentistas franceses. Em 1893, Cruz e Sousa publica Missal e Broquéis, obras que definem a história do Simbolismo brasileiro.

Panorama histórico

Entre as últimas décadas do século XIX e princípios do século XX, os simbolistas conviveram num período em que o Brasil procurava conquistar sua maturidade mental e sua autonomia. Mesmo depois da independência de 1822, a Metrópole ainda continuava a exercer a sua ação colonialista. O comércio, as transações bancárias, a imprensa estavam sob o influxo da Metrópole. A primeira tentativa de autonomia deu-se com a Regência (1830-1841), mas só foi com a Proclamação da República que o Brasil separou-se definitivamente de Portugal. Esse fato levou os homens de letras do século XIX a explorar o tema do nacionalismo. A busca de “símbolos que traduzam a nossa vida social”, afirma Araripe Júnior.
O início do movimento simbolista brasileiro é marcado por conflitos no sul do país (1893-1895): A Revolução Federalista, a Revolta da Armada.

Características da poesia simbolista

Vejamos mais detalhadamente algumas características do Simbolismo:
a) O poeta simbolista volta-se para o mundo interior; guia-se pela subjetividade (característica da corrente romântica). O egocentrismo é um princípio fundamental do Romantismo. Enquanto os românticos pesquisavam o interior das pessoas, suas lutas, incertezas, num campo puramente sentimental, o simbolista penetra fundo no mundo invisível e impalpável do ser humano.
b) A poesia simbolista expressa o que há de mais profundo no poeta; por isso, ele se vale de adjetivos que despertem emoções vagas, sugestivas.
c) A descrição é essencialmente subjetiva; é uma espécie de pretexto para identificar o poeta com o íntimo das coisas.
d) Os versos são musicais, sonoros e expressivos. A poesia é separada da vida social, confunde-se com a música, explora o inconsciente através de símbolos e sugestões e dá preferência ao mundo invisível.
e) A linguagem é evocadora, plena de elementos sensoriais: som, luz, cor, formas; há o emprego de palavras raras; o vocabulário é litúrgico, obscuro, vago.
f) As palavras vêm ligadas ao tema da morte.
g) Emprego freqüente de metáforas, analogias sensoriais, sinestesias, aliterações repetição de palavras e de versos – tudo isso confere à poesia musicalidade e poder de sugestão.
h) Fusão da música, pintura e literatura.

Literatura - Romantismo

O Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves de Magalhães, em 1836, e durou 45 anos terminando em 1881 com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo.

Índice

[esconder]

 Período Histórico: 1836 - 1881

No Brasil, o momento histórico em que ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas produções árcades, caracterizadas pela satírica política de Gonzaga e Silva Alvarenga, bem como as idéias de autonomia comuns naquela época. Em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil fugindo de Napoleão Bonaparte, a cidade do Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas influências européias; a então colônia brasileira caminhava no rumo da independência.
Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade, características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas. De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte ; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.
Contexto Histórico
Com o incremento da industrialização e do comércio , notadamente a partir da Revolução Industrial do século XVIII , a burguesia , na Europa , vai ocupando espaço político e ideológico maior . As idéias do emergente Liberalismo incentivam a busca da realização individual , por parte do cidadão comum . Nas últimas décadas do século , esse processo levou ao surgimento , na Inglaterra e na Alemanha , de autores que caminhavam num sentido contrário ao da racionalidade clássica e da valorização do campo , conforme normas da arte vigente até então . Esses autores tendiam a enfatizar o nacionalismo e identificavam-se com a sentimentalidade popular . Essas idéias foram o germe do que se denominou ROMANTISMO .
Tais atitudes e outras consequentes delas foram se consolidando e, ao chegarem à França , receberam um vigoroso impulso graças à Revolução Francesa de 1789 . Afinal , essas tendências literárias individualistas identificavam-se amplamente com os princípios revolucionários franceses de derrubada do Absolutismo e ascensão da burguesia ao poder , através de uma aliança com camadas populares . A partir daí , o ideário romântico espalhou-se por todo o mundo ocidental , levando consigo o caráter de agitação e transgressão que acompanhava os ideais revolucionários franceses que atemorizavam as aristocracias européias . A desilusão com esses ideais lançaria muitos românticos em uma situação de marginalidade em relação à própria burguesia . Mesmo assim , devemos associar a ascensão burguesa à ascensão do Romantismo na Europa .
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No Brasil , o Romantismo encontrou um processo revolucionário em curso : a Independência de 1822 lançou ao país um novo desafio - afirmar-se como nação . Isto queria dizer construir uma identidade própria . Esta foi a principal tarefa dos nossos românticos .


Características


Três fundamentos do estilo romântico : o egocentrismo , o nacionalismo e liberdade de expressão .
O egocentrismo : também chamado de subjetivismo , ou individualismo . Evidencia a tendência romântica à pessoalidade e ao desligamento da sociedade . O artista volta-se para dentro de si mesmo , colocando-se como centro do universo poético . A primeira pessoa ("eu") ganha relevância nos poemas .
O nacionalismo : corresponde à valorização das particularidades locais . Opondo-se ao registro de ambiente árcade , que se pautava pela mesmice , vendo pastoralismo em todos os lugares , o Romantismo propõe um destaque da chamada "cor local", isto é , o conjunto de aspectos particulares de cada região . Esses aspectos envolvem componentes geográficos , históricos e culturais . Assim , a cultura popular ganha considerável espaço nas discussões intelectuais de elite .
A liberdade de expressão : é um dos pontos mais importantes da escola romântica . "Nem regra , nem modelos "- afirma Victor Hugo , um dos mais destacados românticos franceses . Pretendendo explorar as dimensões variadas de seu próprio "eu", o artista se recusa a adaptar a expressão de suas emoções a um conjunto de regras pré-estabelecido . Da mesma forma , afasta-se de modelos artísticos consagrados , optando por uma busca incessante da originalidade .
O romântico , ao desenvolver um mundo particular , pode transformá-lo em seu espaço de fuga : é o escapismo . As saídas , para o artista , são aquelas apontadas anteriormente : o sonho , a morte , a Natureza exótica . Ainda dentro do escapismo , destaque-se um espaço particular de fuga : o passado . Ele pode aparecer de forma pessoal , associado à felicidade inocente da infância , ou de maneira mais social , nas freqüentes alusões à Idade Média .

Características

  • Subjetivismo - A pessoalidade do autor está em destaque. A poesia e a prosa romântica apresentam uma visão particular da sociedade, de seus costumes e da vida como um todo.
  • Sentimentalismo - Os sentimentos dos personagens entram em foco. O autor passa a usar a literatura como forma de explorar sentimentos comuns à sociedade, como: o amor, a cólera, a paixão etc. O sentimentalismo geralmente implica na exploração da temática amorosa e nos dramas de amor.
  • Nacionalismo, ufanismo - Surge a necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira. Como uma forma de publicidade do Brasil, os autores brasileiros procuravam expressar uma opinião, um gosto, uma cultura e um jeito autênticos, livres de traços europeus.
  • Maior liberdade formal - As produções literárias estavam livres para assumir a forma que quisessem, ou seja, entrava em evidência a expressão em detrimento da estrutura formal (versificação, rima etc).
  • Vocabulário mais brasileiro - Como um meio de criar uma cultura brasileira original os artistas buscavam inspiração nas raízes pré-coloniais utilizando-se de vocábulos indígenas e regionalismos brasileiros para criar uma língua que tivesse a cara do Brasil.
  • Religiosidade - A produção literária romântica, utiliza-se não só da fé católica como um meio de mostrar recato e austeridade, mas utiliza-se também da espiritualidade, expressando uma presença divina no ambiente natural.
  • Mal do Século - Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
  • Evasão
  • Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração para seu trabalho, depositando em sua imagem a confiança num símbolo de patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói nacional (bom selvagem).
  • A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos.
  • Escapismo - Os artistas românticos procuravam fugir da opressão capitalista gerada pela revolução burguesa (revolução industrial). Apesar de criticarem a burguesia, os artistas tinham que ser sutis pois os burgueses eram os mecenas de sua literatura e por isso procuravam escapar da realidade através da idealização.
As formas de escape seriam as seguinte: Fuga no tempo, Fuga no sonho e na imaginação, Fuga na loucura , Fuga no espaço e Fuga na morte.
  • O culto à natureza - Com a busca de um passado indígena e de uma cultura naturalmente brasileira surge o culto ao natural, aos elementos da natureza, tão cultuados pelos índios. Passava-se a observar o ambiente natural como algo divino e puro.
  • A idealização da Mulher (figura feminina)- a mulher era a fonte de toda a inspiração. Era intocável, vista como um anjo em que jamais poderiam desfrutar de suas caracteristicas puras e angelicais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Literatura - Parnasianismo

Parnasianismo – a valorização da forma
Enquanto a prosa realista representou uma reação contra a literatura sentimental e extremamente subejetiva dos românticos, a poesia do final do século XIX significou a rejeição total da linguagem declamatória e coloquial do Romantismo. Valorizando o emprego da palavra rara e da frase rebuscada, teve origem, nessa época, o Parnasianismo, movimento que fez do cuidado formal sua característica básica, freqüentemente em prejuízo da própria qualidade da expressão poética.
 Lendo o trecho seguinte, escrito por Olavo Bilac, um dos poetas mais festejados do período, você podera compreender o espírito que animou esse movimento.

Profissão de Fé


Invejo o ouvires quando escrevo:

Imito o amor

Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ouvires, saia da oficina
Sem um defeito.



Característica Marcantes do parnasianismo

1.      Preocupação formal que se revela na busca da palavra exata, caindo muitas vezes no preciosismo; o parnasiano, cofiante no poder da linguagem, procura descrever obetivamente a realidade.
2.   Comparação da poesia com as artes plásticas, sobretudo com a escultura.
3.   Atividade poética encarada como habilidade no manejo do verso.
4.   Frequentes alusões a elementos da mitologia grega e latina.
5.   Preferência por temas descritivos – cenas históricas, paisagens, objetos, estátuas etc.
6.   Enfoque sensual da mulher, com ênfase na descrição de sua características físicas.



Origem do Parnasianismo
Em 1978, ocorreu, em jornais cariocas, uma polêmica em versos que ficou conhecida como Batalha do Parnaso, em que a poesia romântica foi atacada. Em 1882, Teófilo Dias publicou seu livro de poesias, Fanfarras, considerado o marco inicial do Parnasianismo brasileiro. Começava, assim, um movimento de reação à poesia chorosa e extremanente sentimental do Romantismo.
 A inspiração inicial do Parnasianismo veio da França, onde, em 1866, publicou-se uma antologia poética intitulada O parnaso contemporâneo*. No Brasil, os principais poetas parnasianos são Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Vicente de Carvalho.

* Parnaso era o nome de um monte na Grécia consagrado a Apolo (deus da luz e das artes) e às musas (entidades mitológicas ligadas às artes).



A LÍNGUA ESPANHOLA NO CONTEXTO DO ENSINO MÉDIO E DO VESTIBULAR

Paulo Marcelo de LIMA (UEPG)
Profa. Lucimar Araújo BRAGA (UEPG)
RESUMO:
De acordo com os documentos oficiais as DCE´s de Língua Estrangeira Moderna (2007) e os PCN´s – Língua Estrangeira Moderna (1998), a Língua Espanhola está presente como uma opção de Língua Estrangeira no contexto escolar. Neste projeto abordaremos em especifico a Língua Espanhola, como disciplina de Língua Estrangeira, a dimensão histórica no Brasil até a aplicação na atualidade escolar e como requisito em concursos de vestibular. Analisaremos a inserção da Língua Estrangeira Moderna no processo de avaliação do concurso de vestibular, verificando as dificuldades de alunos que não tiveram contato escolar antes desse processo. Pretendemos ainda observar a abordagem da Língua Espanhola adotada no ensino médio, sua obrigatoriedade e disseminação nas escolas estaduais. Será desenvolvida uma pesquisa de campo, na qual se observará as aulas de Língua Espanhola, em colégios estaduais e em cursos pré-vestibular e dessas observações pretendemos analisar como se trabalha essa língua na sala de aula.PALAVRAS-CHAVES: Língua Espanhola; Ensino Médio; Vestibular.

Palavra do dia (10/02/11)

CLAQUETE
Na gravação de filmes e novelas, as capturas de imagem e áudio são feitas separadamente e com o uso de equipamentos diferentes. A clássica batidinha da peça superior da claquete ajuda a juntá-las. Durante o processo de sincronização de som e imagem, a referência para o editor é tornar simultâneos a imagem do claquete e o som da batida gravado. Já a parte de baixo de uma claquete consiste em uma espécie de lousa, onde é possível anotar informações como os números da cena e da tomada. Essas informações também são úteis para que o editor organize a montagem final das cenas.
>> Definição do iDicionário Aulete:
(cla.que.te)
sf.
1. Cin. Telv. Pequeno quadro que assinala cada tomada de cena e registra tb. a sequência que está sendo rodada, com a finalidade de facilitar a montagem definitiva do filme; quando há som direto, bate-se com uma peça presa na parte superior da claquete para que o som produzido seja gravado e auxilie na sincronização final entre imagem e som.
[F.: Do fr. claquette.]
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Palavra do dia (09/02/11)

ZAPEAR
Zapping é a série de mudanças rápidas entre diferentes canais de televisão, feita por meio do controle remoto, para procurar um programa ou fugir aos comerciais. Zapear é, portanto, o verbo que designa a ação de trocar repetidamente de canal, até encontrar algo interessante para assistir. Em seu artigo "A televisão e a prática do zapping: interatividade com a audiência", Roseanne Andrelo analisa as novas tendências: "Com base no resultado de uma pesquisa qualitativa(...) percebe-se que parte da audiência deixou de assistir a programas inteiros e passou a passear pelos vários canais sem se prender a nenhum deles."
>> Definição do iDicionário Aulete:
(za.pe.ar)
v.
  1. Telv. Percorrer (canais de TV) ou trocar de (canal) incessantemente por meio do controle remoto [td. ] [int. ]
[F.: zape + -ar]

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Palavra do dia (08/02/11)

CALAMIDADE
As cidades de Teresólopolis e Nova Friburgo vivem, neste início de 2011, estado de calamidade pública. Das 511 mortes causadas pelo desastre natural, 225 foram em Friburgo, enquanto 228 aconteceram em Teresópolis. Calamidade é sinônimo de catástrofe: algum acontecimento que gera destruição e mortes.
>> Definição do iDicionário Aulete:
(ca.la.mi.da.de) sf.
1. Ocorrência de, ou acontecimento que gera destruição, perdas e mortes (como guerras, furacões, vulcões, tsunamis etc.); CATÁSTROFE
2. Grande infelicidade ou desgraça; INFORTÚNIO
3. Fam. Fig. Fato, coisa ou pessoa desastrada, desacertada, infeliz: Estava num dia ruim, tudo o que fez foi uma calamidade.: Esse jogador é uma verdadeira calamidade.
[F.: Do lat.calamitas, atis.]

SEMÂNTICA

Parte da gramática que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em todos os concursos públicos, requer cuidados especiais. Vamos dividi-la em tópicos.
1) Denotação e conotação.
● Denotação
Emprego de uma palavra com seu sentido original, real, dicionarizado.
Ex.: A menina ganhou uma flor.
A palavra flor está empregada com o seu sentido normal, registrado em dicionários:
trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo.
● Conotação
Emprego especial, figurado de uma palavra.
Ex.: A menina é uma flor.
A palavra flor, agora, não pode ser entendida como o vegetal que colhemos em
determinadas plantas. Na realidade, menina é um ser animal; flor, um ser vegetal.
Então, ao pé da letra, uma menina não pode ser uma flor. A frase só pode ser entendida
se a desdobrarmos em uma comparação: a menina é bonita como uma flor. Nesta, flor
tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que
alguém é uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da
palavra. Diz-se, então, que ela tem valor conotativo.
2) Sinonímia
Emprego de sinônimos, isto é, palavras de mesmo sentido.
Ex.: A frase está certa. A frase está correta.
3) Antonímia
Emprego de antônimos, isto é, palavras de sentido oposto.
Ex.: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa.
4) Homonímia
Emprego de palavras que têm identidade de pronúncia ou de grafia, os chamados homônimos.
● Homônimos homófonos
Mesma pronúncia, grafia diferente.
Ex.: cozer − coser
● Homônimos homógrafos
Mesma grafia, pronúncia diferente.
Ex.: sobre (^) − sobre (´)
apoio − apóio
● Homônimos perfeitos (ou homófonos e homógrafos)
Mesma grafia e mesma pronúncia.
Ex.: pena (pluma) − pena (compaixão)
5) Paronímia
Emprego de parônimos, isto é, palavras muito parecidas.
Ex.: O mandato do deputado é de quatro anos.
Expediu um mandado de busca.
Procure gravar os homônimos e parônimos colocados abaixo. São muito importantes.
absolver − inocentar
absorver − esgotar, consumir
acender − pôr fogo a
ascender − elevar-se
6) Campos semânticos
Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semântico quando estão
associadas, de alguma forma, pelo sentido.
Ex.: tristeza, melancolia, pesar
vinho, leite, refrigerante
7) Polissemia
Pluralidade de sentidos de uma palavra.
Ex.: A paixão de Cristo. (o sofrimento)
Tinha uma grande paixão por ela. (sentimento forte e desequilibrado)
8) Coesão e coerência
● Coesão
Ligação que existe entre os componentes de um texto. É importante que se conheçam as palavras e expressões que têm a capacidade de ligar termos, orações, períodos, parágrafos.
Ex.: Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, porém fui logo atendido.
A conjunção porém é adversativa, liga orações de sentido adverso, contrário. Ela é o elemento conector no período, que apresenta duas idéias contrárias: “haver poucas pessoas atendendo” e “ser logo atendido”. Assim, pode-se afirmar que o texto tem coesão, porque a conjunção porém, por seu sentido, se presta a ligar esses dois segmentos.
● Coerência
Sentido lógico do texto.Quando falta a coesão, normalmente falta a coerência, ou seja, o texto fica ilógico.
Ex.: Estudei muito, apesar disso fui aprovado.
Não há coerência na frase, uma vez que não há coesão. Apesar disso é expressão concessiva, introduz termos que se opõem ao que se afirmou ou vai afirmar. Para torná-lo coerente, precisamos de uma expressão que indique conclusão ou conseqüência.
Assim, poderíamos dizer “Estudei muito, por isso fui aprovado” (portanto, por causa disso, então etc.)
9) Sentido de locuções adjetivas
Importante para enriquecer o vocabulário. Eis algumas que convém saber.
de agulha − acicular
de gafanhoto − acrídeo
de diamante − adamantino ou diamantino