No início da década de 1890, no Rio de Janeiro, um grupo de jovens, insatisfeitos com a extrema objetividade e materialismo da corrente literária dominante (Realismo / Naturalismo / Parnasianismo), resolve divulgar as novas idéias estéticas vindas da França. Eram conhecidos como os decadentistas. Esse grupo formado, principalmente, por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta lança no jornal Folha Popular o primeiro manifesto renovador. Além desse grupo do Rio de Janeiro, outros jovens, no Ceará, funda uma sociedade literária, dedicada ao culto das excentricidades da nova arte chamada Padaria Espiritual.
O Simbolismo, no Brasil, representa uma das épocas mais importantes de nossa história literária e cultural. Este movimento penetrou em nosso país, por intermédio de Medeiros e Albuquerque, que, desde 1891, recebia livros dos decadentistas franceses. Em 1893, Cruz e Sousa publica Missal e Broquéis, obras que definem a história do Simbolismo brasileiro.
Panorama histórico
Entre as últimas décadas do século XIX e princípios do século XX, os simbolistas conviveram num período em que o Brasil procurava conquistar sua maturidade mental e sua autonomia. Mesmo depois da independência de 1822, a Metrópole ainda continuava a exercer a sua ação colonialista. O comércio, as transações bancárias, a imprensa estavam sob o influxo da Metrópole. A primeira tentativa de autonomia deu-se com a Regência (1830-1841), mas só foi com a Proclamação da República que o Brasil separou-se definitivamente de Portugal. Esse fato levou os homens de letras do século XIX a explorar o tema do nacionalismo. A busca de “símbolos que traduzam a nossa vida social”, afirma Araripe Júnior.
O início do movimento simbolista brasileiro é marcado por conflitos no sul do país (1893-1895): A Revolução Federalista, a Revolta da Armada.
Características da poesia simbolista
Vejamos mais detalhadamente algumas características do Simbolismo:
a) O poeta simbolista volta-se para o mundo interior; guia-se pela subjetividade (característica da corrente romântica). O egocentrismo é um princípio fundamental do Romantismo. Enquanto os românticos pesquisavam o interior das pessoas, suas lutas, incertezas, num campo puramente sentimental, o simbolista penetra fundo no mundo invisível e impalpável do ser humano.
b) A poesia simbolista expressa o que há de mais profundo no poeta; por isso, ele se vale de adjetivos que despertem emoções vagas, sugestivas.
c) A descrição é essencialmente subjetiva; é uma espécie de pretexto para identificar o poeta com o íntimo das coisas.
d) Os versos são musicais, sonoros e expressivos. A poesia é separada da vida social, confunde-se com a música, explora o inconsciente através de símbolos e sugestões e dá preferência ao mundo invisível.
e) A linguagem é evocadora, plena de elementos sensoriais: som, luz, cor, formas; há o emprego de palavras raras; o vocabulário é litúrgico, obscuro, vago.
f) As palavras vêm ligadas ao tema da morte.
g) Emprego freqüente de metáforas, analogias sensoriais, sinestesias, aliterações repetição de palavras e de versos – tudo isso confere à poesia musicalidade e poder de sugestão.
h) Fusão da música, pintura e literatura.
O Simbolismo, no Brasil, representa uma das épocas mais importantes de nossa história literária e cultural. Este movimento penetrou em nosso país, por intermédio de Medeiros e Albuquerque, que, desde 1891, recebia livros dos decadentistas franceses. Em 1893, Cruz e Sousa publica Missal e Broquéis, obras que definem a história do Simbolismo brasileiro.
Panorama histórico
Entre as últimas décadas do século XIX e princípios do século XX, os simbolistas conviveram num período em que o Brasil procurava conquistar sua maturidade mental e sua autonomia. Mesmo depois da independência de 1822, a Metrópole ainda continuava a exercer a sua ação colonialista. O comércio, as transações bancárias, a imprensa estavam sob o influxo da Metrópole. A primeira tentativa de autonomia deu-se com a Regência (1830-1841), mas só foi com a Proclamação da República que o Brasil separou-se definitivamente de Portugal. Esse fato levou os homens de letras do século XIX a explorar o tema do nacionalismo. A busca de “símbolos que traduzam a nossa vida social”, afirma Araripe Júnior.
O início do movimento simbolista brasileiro é marcado por conflitos no sul do país (1893-1895): A Revolução Federalista, a Revolta da Armada.
Características da poesia simbolista
Vejamos mais detalhadamente algumas características do Simbolismo:
a) O poeta simbolista volta-se para o mundo interior; guia-se pela subjetividade (característica da corrente romântica). O egocentrismo é um princípio fundamental do Romantismo. Enquanto os românticos pesquisavam o interior das pessoas, suas lutas, incertezas, num campo puramente sentimental, o simbolista penetra fundo no mundo invisível e impalpável do ser humano.
b) A poesia simbolista expressa o que há de mais profundo no poeta; por isso, ele se vale de adjetivos que despertem emoções vagas, sugestivas.
c) A descrição é essencialmente subjetiva; é uma espécie de pretexto para identificar o poeta com o íntimo das coisas.
d) Os versos são musicais, sonoros e expressivos. A poesia é separada da vida social, confunde-se com a música, explora o inconsciente através de símbolos e sugestões e dá preferência ao mundo invisível.
e) A linguagem é evocadora, plena de elementos sensoriais: som, luz, cor, formas; há o emprego de palavras raras; o vocabulário é litúrgico, obscuro, vago.
f) As palavras vêm ligadas ao tema da morte.
g) Emprego freqüente de metáforas, analogias sensoriais, sinestesias, aliterações repetição de palavras e de versos – tudo isso confere à poesia musicalidade e poder de sugestão.
h) Fusão da música, pintura e literatura.
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