1.Orações Subordinadas Adjetivas.
2.Diferenças semânticas entre as orações subordinadas adjetivas.
3.Funções sintáticas dos pronomes relativos nas orações adjetivas.
4.Diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo.
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1. Orações Subordinadas Adjetivas: tipos.
Outro grupo das Orações Subordinadas é o da Adjetivas, exercem função sintática própria de um adjetivo. São apenasduas. Observe, principalmente, a diferença semântica entre um e outro tipo.
1. Adjetiva Restritiva
Comi a fruta que estava madura.
2. Adjetiva Explicativa
Comi a fruta, que estava madura.
Interessante guardar a informação de que a oração adjetiva virá em duas posições: antecedendo a oração principal ou no meio daquela.
2. Diferenças semânticas entre as orações subordinadas adjetivas.
A interpretação da primeira oração deve ser no sentido de se supor que havia frutas maduras e outras verdes (não-maduras) na árvore: apenas a madura foi escolhida. A intenção é a de restringir o significado de fruta: só foi escolhida para se comer porque estava madura.
Já quanto à oração subordinada adjetiva explicativa, deve-se supor que uma fruta foi comida e que ela estava madura, mas sua escolha não se deveu à especificação de “estar madura”. Não se sabe se havia outras frutas verdes que estavam na árvore; não houve a particularização do significado. Há obrigatoriedade da vírgula antecedendo o pronome relativo que inicia as orações adjetivas explicativas.
3. Funções sintáticas dos pronomes relativos nas orações adjetivas.
Importante notar que as orações adjetivas são iniciadas por pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde. Enquanto que as orações substantivas são introduzidas por
conjunção integrante: as palavras que ou se. Os pronomes relativos exercem função sintática. A conjunção integrante apenas liga, conecta as orações. O pronome relativo retoma e substitui um termo da oração anterior (substantivo ou pronome), além de estabelecer uma
relação entre as orações. Ao substituir o termo, dentro da própria oração adjetiva, o pronome relativo passa a exercer as mesmas funções dos termos estudados em período simples. Será preciso fazer a análise do pronome relativo, como se estivéssemos fazendo a análise dos termos da oração já revistos, para se éter a certeza de qual é a função. Alguns exemplos:
Função sintática do Pronome Relativo
1.objeto direto
Eu encontrei a solução para o problema que você me apresentou.
A palavra que retoma “problema”. Reescrevendo a oração 2, que é aquela onde está o pronome relativo, e fazendo-se a substituição do relativo pelo substantivo que este retoma, teríamos:
Você me apresentou um problema.
OD
Se “um problema”, que pertence à oração 1 seria OD na oração 2,
o relativo que o substituiu passou a assumir esta função.
Conclui-se que o pronome relativo exerce a função de OD, portanto.
Estabeleça este mesmo raciocínio da “substituição” do pronome relativo pelo termo que ele retoma, colocando esse termo na oração adjetiva e faça a análise do período simples:
sempre dará certo.
2.sujeito
Encontrei a solução para o problema que parecia, a princípio, complexo.
3.complemento nominal
Essa é a pessoa a quem fiz referência em nossa conversa.
4.objeto indireto
Essa é a pessoa a quem me referi.
5.adjunto adnominal
Essa é a pessoa a cujas qualidades fiz referência.
4. Diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo.
Conjunção Integrante x Pronome Relativo
Ele confessou que mentiu.
(ISSO)
Ele confessou a mentira que surpreendeu a todos.
(A QUAL)
Uma forma bastante prática e segura para se fazer essa diferenciação será substituir a oração iniciada pela palavra “que” pela palavra ISSO; caso se conseguir essa troca, pode-se afirmar que a palavra “que” será conjunção integrante. Lembre-se de que a conjunção integrante inicia oração substantiva.
Caso contrário, tente perceber se o “que” está retomando um substantivo ou pronome substantivo e, portanto, enquanto pronome relativo poderá ser substituído por outro pronome relativo, por exemplo, o qual (e flexões: os quais, a qual, as quais).
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